quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Perdidas na noite

Olá ogros(as)!

Entre idas e vindas, posts e aventuras, acabei transformando esse blog em um diário eletrônico das minhas experiências com ogro-sexuais. Continuarei publicando teorias, mas enquanto elas não se confirmam, vou relatando minhas aventuras mais do que ogras.

Fim de semana passado as duas ogras resolveram fazer um programa light, que se transformou numa madrugada meio maluca. Fomos à um restaurante como ogras-clientes camufladas. É um programa de pesquisa da qualidade de atendimento que algumas casas de São Paulo realizam. Elas te dão um crédito a ser gasto no local (reembolsado depois com a apresentação da nota fiscal), você vai, come e bebe, analisa tudo quietinho e depois em casa preenche uma avaliação detalhada e envia juntamente com a nota fiscal. É bem interessante, e permite que façamos alguns passeios quase free.

Saindo de lá resolvemos pegar um cineminha. A sessão começava às 23:30hs. Antes de entrar, fomos tomar um café para nos mantermos acordadas, paqueramos alguns ogrinhos (pareciam duas tias!) para quebrar o clima local, que era só de casais. De um grupo de três jovens de mais ou menos uns 18 anos, já dava para caracterizar cada ogrinho... além disso, já que estávamos sozinhas, me permiti analisar os casais presentes e percebi que havia de tudo: casais no início do relacionamento, cheios de abracinhos, beijinhos, primeiros encontros, onde só rola aquele papo sobre a vida de cada um, casais acomodados e casais infelizes.

Fomos assistir Ensaio Sobre a Cegueira. Filme denso, pesado, lotado de cenas fortes. O que quebra um pouco a tensão do filme são os eventos inexplicáveis e surreais. Para dar um pouco mais de emoção, a luz do complexo acabou, parando o filme em uma das cenas mais tensas! Acabado o filme, já passado das 2:30hs, paguei o estacionamento e me dei conta de que perdi a chave do carro. A ogra aqui começou a se descabelar. Voltamos correndo ao cinema, procurei por toda parte, falei com todos os funcionários do local (era um monte de ogros se comunicando via rádio) e depois de 15 minutos resolvi aceitar que dei uma de ogra-tonha e liguei para o seguro. Iriam me mandar um táxi para me levar até em casa, pegar a chave reserva e me trazer de volta ao estacionamento. Enquanto o táxi não chegava, fizemos amizade com um ogro-bombeiro que estava no local.

Nenhum ogro-sexual passa desapercebido... O ogro-bombeiro era bonito, cheiroso, simpático e usava uniforme... um ogro-sexual de qualidade... sim, mulheres gostam de homens em uniforme. Claro que dispensamos uniforme de McDonald's, posto de gasolina, roupas de mascote e garçom. O uniforme tem que representar poder, controle. Durante quase os 30 minutos de espera, o ogro-bombeiro já estava fazendo buraco no chão, não parava de dar voltas à nossa frente e puxar assunto. Ficamos empolieradas em frente à bilheteria, já conhecidas por todos os funcionários, até as luzes do complexo todo se apagarem e então fomos expulsas para a rua. Tchau ogro-bombeiro. Ainda bem, porque a ogra-amiga estavas prestes a pedir para ele apagar nosso fogo (brincadeira.... ).

Já no táxi, ao som de Daniel, na Tupi FM (taxista ogro-brega!), o tempo não passava. Eu só queria chegar em casa. Depois de acordar a ogra-tia para pegar cópias da chave de casa (sim elas estavam junto com a do carro), tudo parecia resolvido. Na volta o gentil ogro-brega ainda fez o favor de fazer um comentário muito inoportuno: que a chave reserva dessas chaves decodificadas muitas vezes não funcionam. Quis morrer por alguns segundos, só de pensar que voltaria para casa de mãos abanando.

Mas no final tudo deu certo. A chave funcionou, a ogra-amiga foi deixada em casa sã e salva e eu cheguei em casa exausta às 4:00hs da madrugada. No dia seguinte voltei ao local para procurar mais uma vez a chave, afinal de contas eu não estava nem um pouco feliz de saber que uma chave extra do carro custaria por volta de R$500,00. Felizmente eu a encontrei rapidamente, e tudo se resolveu. Eita ogro-anjo forte que tenho....

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ogras no ártico

Completamente sumida... entre trabalho, gripe, baladas e muito muito muito ogro-sexual... estou de volta.

Sábado passado as ogrinhas inseparáveis resolveram sair, se arriscar no frio e chuva incessante... estávamos a fim de sair à caça literalmente. Sem vergonha de admitir! Chegamos em um lugar, mais de uma hora de fila para entrar. Nem pensar! Já passava da meia-noite e a casa já estava no esquema de lotação máxima: só entra quando alguém sair. Então resolvemos partir para outra. Chegando lá, filinha básica de 8 pessoas. Era ali mesmo que ficaríamos.

Mal imaginávamos que demoraria uma hora para essas 8 pessoas entrarem. Mas valeu a pena. Ainda na fila, congelando sob o frio do ártico (isso me rendeu uma bela amigdalite essa semana), a banda detonando lá dentro e a gente praticamente dançando na fila pra espantar o frio e já começar a diversão! Eis então que havia um ogrinho-sexual (ogrinho porque não passava de 1,75m e eu com salto estava quase mais alta que ele - mas beeemmm gatinho) atrás de nós. Revoltado com a demora para entrar, ligou do celular lá dentro para reclamar. Só ouviu um "desculpe senhor, estamos com a casa na lotação máxima". Então minha querida amiga ogra começou a puxar papo. Tudo correu tranquilamente, e depois de 1 hora e 15 minutos entramos (Aleluia!).

Pedimos nossos queridos mojitos e fomos dançar. Olhando em volta, quem está próximo de nós? Perguntinha óbvia, o próprio ogrinho-sexual e sua turma: um ogro-cafa, um ogro-palhaço e um ogro-sortudo. Os quatro olhando e trocando figurinhas. Estava nítido. Minha amiga começou a mirar o ogrinho e eu fiquei na minha. Depois de uns 30 minutos o ogrinho passa por nós para ir ao banheiro. Na volta, pára e nos convida para ir até lá, conhecer os amigos dele. Essa é a vantagem de sair em pouco número de mulheres... não intimida a ograda.

Chegando lá, todos devidamente apresentados, o ogro-cafa colou na ogra-amiga e eis que o ogrinho colou em mim. Mão na cintura, conversa descolada, olho no olho... como eu sempre fui muito distraída, demorei para me tocar que a coisa era sumariamente comigo. Porém, tudo aconteceu muito rápido, tenho que admitir. Resumindo, a ogra-amiga atirou em um e acertou outro.

Ogro-sexuais do interior, cheios de gentileza, carinho e atenção. Ficamos bem surpresas e acabei por descobrir que estamos vivendo em uma cidade cheia de pessoas frias e distantes. É um mal de cidade grande, onde a época do calor humano ficou algumas gerações para trás e hoje não sobra nem uma gentileza no trânsito, no elevador, ao telefone. Portanto, as próximas 4 horas resolvi aproveitar umas das coisas que o interior pode nos prover: gentileza e calor humano. Foi bacana, ganhamos a noite.

Ao final da madrugada, o ogro-sortudo foi jogado para dentro de um táxi com uma ogrinha (sortudo!), o ogrinho foi ainda mais gentil, o ogro-palhaço continuava fazendo somente palhaçadas e não conseguiu pegar ninguém, e o ogro-cafa.... bem, o ogro-cafa foi desmascarado 12 horas mais tarde.

Pessoas, orkut não mente... cuidado, é possível achar qualquer um por lá.

bejios da ogra!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Princesas, ogras e a falta de noção

Enfrentar uma balada com bom humor até o final é um grande desafio. Principalmente para as mulheres. Confesso que da última vez eu perdi a paciência e decidi ir embora quando o local ainda estava "bombando" e a banda tocando.

Então sexta passada as duas amigas ogras se vestiram de princesa e saíram para dançar, ver nossa banda preferida e esquecer da existência de cafa-ogros por um tempo. Doce ilusão... Chegamos lá por volta das 11:15, com uma fila na entrada considerável, mas nada assustadora. Ao entrar, o espanto: não dava para ver o chão, muito menos o pequeno palco de tanta gente por metro quadrado. Mas não era qualquer tipo de gente. Nunca vi uma concentração maior de cafa-ogros antes na minha vida. Numa noite normal, daria até para beijar algum...

Para onde ir? Onde podemos ficar em paz? Demos a volta no local para procurar um ponto mais ou menos tranquilo (afinal de contas não estávamos no show do U2, com todo mundo se espremendo, e queríamos dançar). Rodamos tudo e achamos um cantinho bom do lado esquerdo do palco, onde podíamos colocar nossas bolsas tranquilamente. Nos metemos no meio de uma festa aniversário, cheio de ogras disfarçadas de princesas. Quero dizer, algumas estavam mais para bruxas. Ao colocar minha bolsa no sofá, veio a aniversariante, toda princesa, "deixa eu arrumar um cantinho para colocar a bolsa de vocês". Nossa, que simpática... estranhei, mas devolvi a simpatia. Mas quando ela percebeu que não éramos amigas de ninguém do grupo, tudo mudou. Nesse momento, a hostilidade se iniciou. A banda já estava tocando, as fãs venerando os quatro ogros do palco (aqui entra a falta de noção), a azaração comendo solta, e a demarcação de território também.

Sabe como mulher demarca território? Não se engane, ninguém sai urinando no pé das cadeiras e mesas. A técnica é supostamente eficiente, pois evita brigas e puxões de cabelo. A santa paz reina, e parece que nada está acontecendo, pois que mulher vai querer pagar um mico na frente do "ficante"?

Atente para as regras:
1) tentar ocupar a maior área possível com o corpo, e dançar ocupando bastante espaço, mesmo que para isso seja preciso empurrar a pessoa do lado de vez em quando;
2) morrer de vontade mas não ir ao banheiro;
3) segurar as amigas distraídas em pontos estratégicos, não deixando ninguém ocupar a área imaginariamente delimitada;
4) fazer rodinha;
5) e por último, o olhar de cobra, de canto de olho, como se isso assustasse alguém...

Deplorável. Algumas poderiam até mesmo ser lutadoras de judô, pois conseguem firmar o pé no chão de forma invejável. E dá-lhe ogras! Apesar de disfarçadas de princesas, nessa hora elas perdem a compostura e se transformam em ogras da pior espécie, ou seja, é um show de falta de educação.

Então estávamos as duas tentando se divertir, curtir a banda e esquecer da existência de cafa-ogros. Mas infelizmente eu não consegui ignorar toda a hostilidade à minha volta. Estava quase virando uma guerra velada. Até fui dar uma volta para ver se conseguia achar outro lugar, mas a única coisa que consegui atravessando o recinto foi um monte de "lindaaaa", "oiê", e apertos na bunda. Então voltei para o antigo lugar e decidi tentar suportar.

Mas eu não suporto essa disputa sem sentido. Minha amiga começou a ficar irritada também, então decidimos ir embora, precisamente à 1:20 da madrugada. Até conseguir atravessar o local, depois de outros "linda", "oiê", e apertões na bunda, já passava de 1:30hs. Oras, tá certo que a concorrência feminina anda acirrada demais, que as mulheres estão quase disputando homem no tapa, mas também não precisa exagerar. Eu me recuso a entrar nessa guerra estúpida. Que elas fiquem com todos, e que possam contar vantagem no número infinito de homens que ficaram.

Ok, o texto parece estar cheio de amargura, mas a verdade é que preferimos ir para lugares mais calmos, sem muitos ogros disfarçados de príncipes (e cafas) inconvenientes e que se possa deslocar de um lado para o outro com facilidade. Até mesmo conhecer alguém que consiga manter uma conversa por mais de 5 minutos.

Quem sabe até um ogro-sexual interessante....

beijos da princesa!
(continuo na fase princesa)


segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Quase

Olha como a internet é traiçoeira. Não bastasse as pulhas virtuais de seringas contaminadas, refrigerantes que causam câncer, uma brasileira catarinense "sofreu" com o acesso e desinformação do cyberespaço doido que se chama internet.

Conhece esse texto abaixo? Se chama Quase, e foi atribuído a Luiz Fernando Veríssimo. Mas na verdade ele é de Sarah Westphal. Uma jovem, estudante de medicina (na verdade hoje não tenho conhecimento do paradeiro da moça), que escreveu o texto após uma desilusão amorosa bastante comum.

O texto é bonito e vale a pena ser lido.
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Quase

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase! É o quase que me incomoda, que me entristece que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi! Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escapam pelos dedos nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca saíram do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me às vezes o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos ¨bom dia¨ quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai, talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo o mar não teria ondas, os dias seriam nublados, o nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance para as coisas que não podem ser mudadas, resta-nos somente paciência. Porém, preferir a derrota prévia à duvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para os erros há perdão, para os fracassos chance, para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo o fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você, gaste mais horas realizando que sonhando…fazendo que planejando… vivendo que esperando. Porque embora quem quase morreu ainda vive, quem quase vive já morreu.

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Imaginem, até o próprio Veríssimo comentou sobre o assunto. Veja aqui.

Beijos da princesa (hoje estou de princesinha para emagrecer!)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Cafa-ogro II

Ah, está bem, eu não resisti, tenho que falar sobre homens cafa.... hehehe.

Sim, porque essa semana infelizmente minha amiga descobriu um da pior maneira possível... acredito que nem preciso explicar muito. Até que foi relativamente rápido, o cafa não suportou segurar a onda por muito tempo, e tirou o time de campo.

Ele é o perfeito ogro-sexual disfarçado. Desviou a atenção de todo mundo: minha amiga, eu, e a terceira amiga do trio-parada-dura. As três Fionas ficaram de queixo caído por duas vezes: no momento que o "príncipe" apareceu, numa noite qualquer, e depois durante essa semana, quando a máscara caiu. Cafajeste, se disfarçou de príncipe perfeitamente, manteve a linha e pose durante um bom tempo. Desviou minha atenção! Se bem que eu estava bem ocupada olhando para outro ogro, hehehe.

Ok, não vou fazer críticas duras aos cafajestes, pois cada um vive do jeito que quer. Tenho certeza que a maneira que cada um escolhe como viver tem as consequências correspondentes, e sei que ser cafa também tem pontos negativos. O problema é de cada uma dessas pessoas que não conseguem ser transparentes, que precisam inventar outro "ser" para tentar ser feliz.

Minha amiga ficou triste, decepcionada. Bom, eu tenho certeza de que em menos de uma semana tudo já virou um passado muito distante, mas hoje a notícia ainda está quente, ou melhor, pegando fogo! E a única coisa que posso dizer é que ela aproveitou muito também (pois haja limite de gostosura naquele cafa!) e que ela deu o crédito para ele. Problema dele se decidiu jogar os créditos na privada e dar descarga, mas também, cada um com suas escolhas.

Depois da maneira como ele agiu, tenho certeza que nem o lanchinho ele vai conseguir manter. Perdeu a oportunidade!

Querida amiga ogra, não se esqueça de se livrar do velho e/ou inútil para que o novo possa entrar.

beijos ogros!


domingo, 24 de agosto de 2008

Contatos imediatos, longos e prazerosos de primeiro grau

As olimpíadas acabaram, e assim mais uma época de ogros-sexuais se vai.

O período de olimpíadas são as três semanas que os ogros-sexuais tomam o completo poder do controle remoto, pensam mais em esporte do que sexo e que a taxa de palavrões por minuto dobra.

É uma temporada boa, onde muitos deles se revelam. Além disso, é a época em que não se fala sobre o clima ou qualquer bobagem dessas no elevador, em salas de espera, em conversa fiada de bar. Todos só falam de medalhas, de recordes e de pataquadas brasileiras.

Infelizmente acabou hoje. Amanhã, segunda-feira, todos voltam ao normal, as vergonhosas notícias de corrupção voltam a ocupar a primeira página dos jornais, além do que as conversas fiadas e chatas voltam a ocupar os elevadores e salas de espera. Eu prefiro ficar olhando para o visor mostrando quantos andares ainda faltam para eu poder sair dali, ou me enterrar numa revista publicada um ano atrás. Não gosto de falar sobre eleições nem política. Não me interessa em quem você vai votar, isso é problema seu. Também não me interessa saber se amanhã vai chover. Isso é problema meu.

Pois bem, aqui estou, em plena tarde de domingo, escrevendo para descarregar. Estou em um momento de espera, de expectativa. Até alguns momentos atrás, eu ligava a televisão para assistir às olimpíadas e distrair, esquecer que estou esperando, esperando, esperando... porém agora não tenho mais essa distração. Os próximos dias serão longos, eu tenho certeza, mas cada minuto de espera me diz que valerá a pena.

Finalmente, para os curiosos de plantão, estabeleci contatos de primeiro grau. Essa semana um grande obstáculo foi rompido, e com ele, o sucesso de um trabalho de semanas. Estou feliz, satisfeita! E agora, na espera...



terça-feira, 12 de agosto de 2008

Razão descontrolada

Às vezes eu me meto em algumas situações que poderiam ser evitadas, somente em prol da minha sanidade mental. Mas acho que prefiro ser maluca.

Estou presa numa situação sem saída aparente, ou pelo menos que me atraia a tomar o rumo da porta e sair, me livrar disso. Para variar, envolve um ogro-sexual ABSOLUTAMENTE misterioso, e que exerce uma força de atração em mim que me leva a um caminho aparentemente sem volta.

Eu não posso entrar em detalhes de quem, quando e onde (eu tenho certeza de que ele vai ler esse texto, porque ele também está curioso sobre mim), mas enfim... isso não importa muito para o leitor, a não ser os fofoqueiros de plantão! O que interessa mesmo aqui é COMO a história vem se desenrolando no último mês.

Eu adoro viver grandes emoções. Quando um ano termina, eu ainda tenho a mania de pensar "ano que vem será mais calmo, pois não há como ser mais emocionante do que já foi". Só rindo de mim... Esse ano conseguiu superar todas as expectativas, tanto em número de ogro-sexuais em potencial, como em alegrias extremas e notícias ruins. Fazer o quê, algumas coisas realmente não passam nem próximo do nosso controle.

Falando em emoções, o ogro-sexual misterioso superou todas minhas expectativas. Eu sou absolutamente objetiva, realista e muitas vezes chego à beira da insensibilidade total. A típica mulher casca-dura... mas o sujeito me tirou do centro, sem fazer quase nada. O que começou com um olhar inocente, se tornou um quase descontrole. Eu estou gradativamente perdendo o domínio sobre minhas vontades. Cada dia que passa, fico mais intrigada, às vezes revoltada (não suporto perder o controle de uma situação), e com a cabeça lotada de probabilidades e possibilidades.

Parei por um momento e respirei. Qual é meu objetivo, o que quero com ele? .... algumas horas depois eu percebi que estava pensando em outras coisas - desconcentrei - pois não tenho a resposta. A minha sensatez por vezes vem à tona e me diz para me afastar. Não é tão difícil, é só não procurá-lo mais. Não é difícil evitá-lo. Mas por enquanto isso está fora de cogitação.

Não suficiente, ele não está nem próximo ao que procuro num homem. O ogro-sexual misterioso tem semblante de menino crescido, possui atitudes jocosas e tem olhar invasivo. É discreto e reservado. Qualidades de mistério.... Enquanto estamos no mesmo ambiente, é a eterna expectativa do próximo olhar cruzado. Ou melhor, a oportunidade de ficar olhando sem ser percebido. Que coisa mais juvenil... Mas eu sei que a vontade real é compartida: fazer uma segunda aproximação.

No momento eu tenho um objetivo em mente: quebrar o mistério. Me tornei inconsequente e estou perdendo o controle, mas continuo enveredada neste caminho, sem um final muito provável.

Bom, pelo menos uma coisa: escrever me deixou mais leve e menos maluca.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Hora de refletir

Depois de um longo tempo sumida, estou de volta.

Meus últimos 10 dias foram cheios de aventuras, tanto profissionais quanto pessoais. Fui para Recife para uma reunião relâmpago. Não vi a cor da praia, e quase que a reunião não acontece. Ontem fui para o Rio entregar uns documentos. Vi o mar, obviamente, mas não entreguei os documentos. Duas horas depois de ter pousado no Rio eu já estava levantando vôo novamente.

Além disso, paquerei, dancei, conheci novos lugares. Me diverti muito, como há muito tempo não fazia. Encantei um aprendiz de ogro-sexual de 18 aninhos, e me encantei com um ogro-sexual músico. Ou seja, em menos de 4 horas, passei de tia para tiete.

Mas hoje passo por aqui para deixar uma outra mensagem, que me tocou muito, e que vai de encontro com o que tenho passado durante meus ultimos 31 anos.

NORMOSE

Entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, sobre uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal .

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema.

Quem não se 'normaliza', quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo.

A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?

Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, sejam lá quem forem todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Freqüentar terapeuta para bater papo?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo.

Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude.

E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.

Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada.

Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

José Hermógenes de Andrade Filho, mais conhecido como Prof. Hermógenes, é um escritor, filósofo, poeta, terapeuta, professor e divulgador brasileiro de hatha ioga. É fundador da Academia Hermógenes de Yoga.

Volto para fazer somente um comentário: mais uma vez, assuma seu lado ogro! Seja você mesmo!

beijos para você!


quarta-feira, 16 de julho de 2008

Afinal, ele existe ou não?

Oi leitores!

Que vergonha... o ogro-sexual belga leu meu post que escrevi sobre ele. Ou melhor, minha amiga leu para ele. Ai que vergonha... ela disse que ele riu e concordou com tudo que foi escrito. Bom, menos mal, ele é realmente assumido!

Isso prova que eu não aumento, não invento e não fico fantasiando ogros-sexuais na minha frente. Eles existem sim! É muito engraçado quando encontro os céticos(as) durante minhas conversas sobre os ogros-sexuais. Às vezes me ponho em dúvida sobre a real existência dos ogros-sexuais, mas cada vez que encontro um, tenho certeza de que essa é a verdade, e não adianta negar.

Mas a grande dúvida permanece: se eles existem, e muitas mulheres os abominam, como viver e conviver com os ogros-sexuais? Pessoas, o ogro-sexual é a volta do machão. Depois de tantas revoluções e evoluções sexuais, depois das mulheres queimarem seus soutiens em praça pública e viverem em igualdade com os homens, é verdade que eles se perderam. Até nós nos perdemos. Com a confusão sexual instaurada, os homens se igualaram às mulheres e então surgiram os metro-sexuais. O cara tem 10 tipos de cremes, se depila, faz as unhas TODA semana e está sempre impecável. É praticamente um gay, porém gosta de mulheres. Além disso, eles ODEIAM ser comparados aos gays. Desculpem qualquer coisa...

Aí o coitado do cara que tem um amigo metro-sexual e fica na dúvida se compra um creminho para rugas ou não, ou se vai até o salão fazer as unhas. Se ele for averso a estas tendências homossexuais, o cara vai mais é assumir o seu lado ogro! Então, como num efeito repulsor de pólos magnéticos iguais, o ogro se distinguiu completamente do metro. Ainda bem...

Andei pesquisando na internet sobre ogros-sexuais. Na verdade, para achar qualquer texto que remete um pouco ao assunto é preciso pesquisar "homem-ogro". Aí vem uma chuva de resultados. E pude constatar que o coitado do ogro-sexual pode estar sendo confundido com o homem grosso, mal educado, porco e sem noção.

Por isso que ogro-sexual não é homem-ogro. Ogro-sexual é o macho assumido sim, mas que sabe se comportar em público, pratica o mínimo de boas maneiras (que mamãe ou ex-namorada ensinaram), respeita as mulheres e mais: citando um dos resultados da internet, "faz mais sucesso na cama um feio que tudo sabe sobre a emoção e corpo feminino, do que um lindo, nem sempre rico, porém sem etiquetas para o jogo da sensualidade e sexualidade".

Pois bem, eu prefiro um homem de camiseta rasgada que sabe o valor que tenho do que um engomadinho que me esnoba e prefere olhar para o espelho. Mais uma vez, viver ao lado de um ogro-sexual é viver com alguém verdadeiro, assumido e que não se importa com modismos e imposições da sociedade.

Eu já vivi com um metro-sexual, lindo, cheiroso... e só me fez chegar à conclusão que os ogros-sexuais são MUITO melhores.


terça-feira, 8 de julho de 2008

O lado ogro-sexual sempre se revela

Antes tarde do que nunca: o lado ogro-sexual dos homens sempre se revela. Às vezes é preciso um empurrãozinho, ou até mesmo testemunhar a vida de outros ogros-sexuais para perceber que ser um ogro-sexual é muito natural.

Digo isso porque tenho um casal de amigos que passaram por essa situação. Eles são lindos, jovens, bem sucedidos e ainda não têm filhos. Um vive para o outro, matém suas individualidades numa boa, e se respeitam. Acima de tudo, têm planos para o futuro. Na época eles tinham 4 anos de casados.

Era o casal perfeito. O príncipe e a princesa. Até essa noite, divisora de águas no relacionamento.


Uma noite, em um jantar entre casais de amigos, assuntos escatológicos foram postos à mesa. Foi risada para todo lado, as mulheres reclamando dos hábitos gasosos de seus maridos, os maridos reclamando da mania de limpeza e arrumação de suas companheiras. E o casal perfeito rindo e escutando... até o momento da revelação: ela disse que nunca tinha visto o marido soltar um pum sequer! Todos se voltaram aos dois com expressões de admiração. Como que isso pode se manter depois de 4 anos vivendo juntos? Foi desconcertante... o jovem marido se pôs a rir timidamente, com uma vergonha descomunal e olhando para sua princesa já com olhos retaliadores. O assunto morreu ali, depois de alguns minutos de risos.

Alguns meses depois resolvemos fazer um amigo secreto (leia-se "da onça") entre a turma. Cada um deveria dar um presente engraçado, divertido ou até meio sacana. Adivinha quem eu tirei? O príncipe... então fiquei pensando por horas e horas o que eu poderia dar de presente. Como eu poderia tirar o sarro de um príncipe? Eles são tão perfeitinhos...

Então me recordei da história do pum! Eu deveria colocá-lo no rol dos "homens-príncipe" de alguma maneira. Fui no computador, montei uma carteirinha de sócio de um clube de mentirinha: AMANSP - Associação dos Maridos que Não Soltam Pum. Fiz toda bonitinha, com foto do associado, com as beneficiárias (a esposa e a cachorra). Mandei até plastificar!

Quando entreguei o presente, a princesa começou a rir e disse que a associação ao clube veio tarde demais. Ele resolveu assumir o lado ogro-sexual, e depois daquela noite entre amigos, ele perdeu toda vergonha e resolveu parar de viver sozinho com seus puns. E no início, fechava todas as janelas do apartamento para "castigar" a língua solta da princesa.

Mais um ogro-sexual que veio à tona. E mais uma esposa feliz. Pois não fique achando que ela se chateou e odiou o novo hábito (que de novo não tinha nada). Ela ficou feliz, pois agora conhece mais um lado do marido, que, no final de contas, não é nada demais. As pessoas supervalorizam seus puns.

Aposto que ele ainda tem a carteirinha guardada na carteira, como souvenir de um momento tão importante no casamento.

E o casal hoje é mais perfeito ainda.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dicas para ter um ogro-sexual

Aqui vão algumas dicas básicas para aceitar e manter um bom espécime perto de você:

1) Não faça cara feia quando ele arrotar. Larga de ser fresca! Não precisa bater palma. Depois que ele terminar o arroto, peça para ele imitar um passarinho (aí ele arrota como um corvo);

2) Deixa ele ajeitar a cueca. Aproveite a oportunidade para ajeitar seu soutien;

3) Não reclame da barba mal feita. Elas fazem milagres, acredite;

4) Não mande ele ir tomar banho. Aí é que ele não vai mesmo! Ao invés disso, vá tomar banho e chame ele para esfregar suas costas;

5) Não dê uma de obssessiva-compulsiva e lançar a mão para arrumar o cabelo dele. Ao contrário, aproveite que está bagunçado e faça um carinho;

6) Não vá pirar se ele não abrir a porta para te deixar entrar/sair primeiro. Se isso te incomoda tanto, passe na frente. Porque a única vantagem de ele abrir a porta para você é que você vai sair/entrar antes dele. Ok, isso não é nada educado para nenhuma das partes, mas um ogro-sexual também sabe ser gentil, e normalmente vai abrir a porta para você;

7) Pelo amor de Deus: não tente ensiná-lo a usar cremes. Você vai se arrepender. Deixa o dermatologista fazer isso;

8) Se algo está te incomodando, diga. Um ogro-sexual também tem ouvido e sabe ser um cavalheiro. Cara feia é fome;

9) Seja uma ogra! Ou seja, não tenha medo de ser você mesma, de ser a mesma pessoa tanto dentro como fora de casa. Como disse, ser princesa 24 horas por dia é muito cansativo, e uma hora ele vai conhecer seu lado ogra mesmo (e você vai conhecer o dele).

Tenha em mente que um homem ogro-sexual não precisa ser mal educado, grosseiro e mau-humorado. Ele é gentil e divertido. Acima de tudo, ele vai deixar você ser autêntica e te aceitar como é.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ogra ou princesa?

Oi meu leitor(a) ogro(a),

Eu mudei de nome. Agora sou ogra Fiona 24 horas por dia. Ninguém mais consegue ver meu lado princesa, nem conseguem me chamar de Juliana! Assim também não dá!

Hoje fui ao MacDonald's almoçar. Obviamente comi demais (OGRA!!!). Depois de umas 3 horas de digestão interminável (ainda estou digerindo meu Chicken Crispy Honey Mustard), confessei aos meus amigos que ainda me sentia estufada. Pois é, princesa se sente satisfeita, ogra se estufa. Parei por cinco minutos: será que eu nunca fui uma princesa?

Então comecei a tentar lembrar meus momentos e hábitos de princesa. E fiquei feliz de lembrar que de manhã, após o banho, eu uso 2 cremes faciais diferentes, um protetor solar, hidradante corporal, desodorante e maquiagem. E por incrível que pareça, eu tenho a santa paciência de colocar um mínimo de maquiagem no rosto pela manhã. A verdade é que eu ainda me assusto, depois de 31 anos me olhando todas as manhãs, com as minhas olheiras. Já fiz de quase tudo para eliminá-las, não tem segredo. É uma infeliz herança genética. O melhor remédio são óculos escuros e belos brincos para desviar a atenção.

Voltando ao meu lado princesa. Eu me visto razoavelmente bem, adoro um perfume, uso talheres, não bebo no gargalo (salvo algumas excessões), não arroto em público (num estádio de futebol lotado, com o microfone na mão)... hum... acabou.

A verdade é que eu falo alto, rio muito alto, sento de pernas abertas, faço cara feia, fico estufada, penteio o cabelo só de manhã, fungo quando dou risada (igual à Sandra Bullock em Miss Simpatia), arrumo o soutien em público, bocejo com o bocão aberto em público. E sim, eu solto pum... No final das contas, acho que não tenho frescuras habituais.

Mentira. É só falar em frescuras que eu já me lembro que tenho algumas frescuras de princesa:
- eu não como dogão na rua, muito menos churrasquinho grego, nem balas vendidas em semáforo;
- eu não como nem em padoca nem em restaurantes gordurosos e cheio de bêbados;
- não suporto gente que cheira mal;
- odeio comidas feitas com entranhas de animais, muito alho e nabo. ODEIO nabo.

E por isso, me chamam de fresca. Acho que estou tendo uma crise existencial. Eu sou ogra ou fresca?

Mas eu adoro ser ogra. Essa é a maior decepção da minha mãe. Ela sempre sonhou em ter uma filha princesa/perua/patricinha. Fazer o quê...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Minha tese se confirma: as mulheres realmente gostam dos ogros-sexuais!

Em menos de dois dias de blog, e já recebi tanto feedback, principalmente das mulheres. Elas de fato gostam de namorar, fazer sexo, e casar com ogros-sexuais!

Arranquei risos e gritos de identificação de várias leitoras. Recebi comentários do tipo: "o meu tem problema para tomar banho!" ou "o homem ogro-sexual é de fato o ideal" e até mesmo "meu ogro-sexual é assumido e lindooooooo!!!". Por sua vez, os homens, meus ogros-sexuais, ainda estão relutantes. Riem da verossimilhança mas ainda estão tímidos.

Outros riram por eu me assumir ogra. Mas a verdade é que na maior parte das horas do dia eu estou mais para ogra do que para princesa. Eu adoro ser ogra, é libertador. Além disso, ser princesa toma uma energia e tempo descomunais. Ser princesa desperdiça calorias! Acredite: ficar distribuindo olhar de gatinha 24 horas por dia emagrece. Ser educada o tempo todo, usar saias e manter as pernas cruzadas emagrece. Ir ao banheiro mil vezes ao dia para não ajeitar a calça ou soutien em público também emagrece. Cuidar para que a meia-calça não desfie no meio do dia, emagrece. Talvez por isso que as princesinhas de plantão sejam tão magrinhas!

Mas ser magrinha não é vantagem. Os ogros-sexuais gostam de carne, de curvas para acelerar e derrapar. Adoram se perder nos seios fartos. Gostam de roupa preenchida e barriguinha saliente (sem transbordar). Portanto, para ter homens ogros-sexuais assumidos no seu encalço, minha amiga, assuma seu lado ogra agora.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ogro-sexual importado

Eles são iguais aos nacionais. O que muda essencialmente é a lingua nativa.

Quero deixar bem claro que não estamos discutindo nuances de personalidade, tipos físicos (não por enquanto), nem signo zodiacal. Cada um é cada um. Ser um ogro-sexual é uma parte da personalidade de cada homem, cheio de outras nuances e complementos que às vezes podem interessar mais, ou menos.


Então um dia eu estava em Liège, na Bélgica, visitando uma amiga. Pois eu não achei um ogro-sexual-belga?!?! Que maravilha!
Ele é amigo dessa minha amiga. Nos conhecemos num sábado à noite (ogros-sexuais se fantasiam nesses horários na tentativa de conquistar princesas), na casa dela, antes de saírmos para jantar. Eu bati o olho e me interessei. "Ops, tem um ogro-sexual por debaixo
desse casaco."

Saímos para jantar num restaurante chiquérrimo, la nouvelle cuisine e etc... pratos com comidinhas em miniatura e muito sabor diferenciado... eu aproveitei! Depois fomos para a balada. Para quem não sabe, Liège tem uma noite bem agitada! E melhor do que as cidades grandes, lá é tudo pertinho, não paga para entrar, então conheci 5 bares e danceterias diferentes em 4 horas. No momento que entramos no primeiro recinto, o ogro-belga se revelou. Virou uma tulipa de chopp em menos de 5 segundos. Me irritei com a falta de educação e ao mesmo tempo ovulei pela sinceridade. Era um ogro-sexual! Não acredito que achei uma espécime aqui, nesse fim de mundo! Bom, a partir desta cena, o meu ogro começou a ficar saidinho, veio para cima, dançamos, rimos e conversamos muito. E a cada tulipa virada, uma parte do ogro-sexual se revelava. Mãos fortes, conversas ao pé do ouvido, olhar doce e agressivo, barba mal feita, cabelo bagunçado, óculos torto, camisa amassada. Ai ai ai....

Eis que o ogro-sexual-belga, ao final da noite, já de volta na casa da minha amiga, levantou as armas e partiu para campo. Veio para cima, atacando pelos flancos, na tentativa de marcar território rapidinho. Que pegada! Mas resisti e não caí em tentação. Imagina, complicado demais se apaixonar por um ogro-sexual-belga que mora do outro lado do mundo.

Depois que eu já estava de volta ao Brasil, de telefones trocados, e-mails e vários sms enviados, caí de paixão por ele. O ogro-sexual-belga foi insistente, incisivo, direto, honesto e comprou passagem para o Brasil. Quem resiste a um ogro-sexual assumido?

Pena que uma outra nuance dele destruiu tudo depois de 3 meses. Personalidade impulsiva e inconseqüente. Uma pena mesmo...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Chegou o momento de admitir













Oi querido(a) leitor(a),

Está na hora de admitir que 99% dos homens heterosexuais são ogros-sexuais em sua essência. Alguns se fantasiam de metrosexuais, e outos x-sexuais falados por aí. Mas a verdade é que o homem é um ogro em sua essência e não há nada de errado nisso. Ao contrário, as mulheres querem ogros-sexuais. Quem não gosta é porque ainda não experimentou!

E por isso minha amiga, está na hora de admitir que você gosta mesmo é de um ogro-sexual. Porque é ele que te põe pra cima (de ponta-cabeça também), que te faz sentir desejada no sentido mais simples e direto da palavra, que te deixa à vontade, pois ele não esconde nem disfarça seus instintos básicos, suas vontades. Perto dele, é possível viver a verdade mais pura, sem jogos de personalidade (nem de higiene...).

Segundo o wiki:

"O Ogro, ou ogre é um gigante dos contos de fadas que se alimentava de carne humana', de origem controversa, provavelmente altearação do latim Orcus 'divindade infernal'. Na mitologia, diz-se de um monstro que habita florestas isoladas e lúgubres. Na literatura infantil, um ogro famoso é o do conto de fadas O Pequeno Polegar

Essas criaturas possuem um cérebro reduzido, o que justifica seus atos de insanidade, falta de competência e sua capacidade mental reduzida.

Uma exceção notável, em desenhos, é Shrek, o herói dos filmes que levam seu nome."

Por favor, meus queridos e deliciosos ogros-sexuais: atos de insanidade, incompetência e mentalidade reduzida habitam o cérebro das mulheres também! Isso nos faz humanos na essência. Ser humano é viver paradoxos de personalidade diariamente.

Além disso, nos contos de fada, quem sempre sequestra a princesa do príncipe? O ogro! De bobo ele nada tem, e no final da maioria das hitórias, a princesa acaba se apaixonando pelo ogro. Algo de bom ele tem...

Pois é esse algo de bom que encanta. O toque gentil e a alma de menino por trás daquela imagem dura, ríspida e machista. O preto no branco, o olhar direto, a cara de mau (hehe), o passo firme. E outras coisinhas sem importância como a voz grossa no pé do ouvido, o puxão de cabelo na hora certa, o beijo cheio de intensidade.

Ok ok... o outro lado que os fazem ogros: aqueles hábitos horrorosos e divertidíssimos (chega de frescura!), como o arroto depois da cerveja, o peido proposital, aquela "ajeitada"em público, mastigação de boca aberta, e a falta de banho.

Mas mesmo assim eu gosto de você, meu querido ogro-sexual. E a partir de agora eu vou defendê-lo, e ajudar minhas amigas a encontrar e dar valor a um ogro-sexual. Ou mesmo ajudar a deixar o lado ogro-sexual de seus parceiros fluir...

Da mesma maneira, espero que meus leitores me ajudem a complementar a definição do ogro-sexual, a entendê-los cada vez mais e a encontrá-los em qualquer canto, não só na floresta.

Fiquem à vontade.