quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Perdidas na noite

Olá ogros(as)!

Entre idas e vindas, posts e aventuras, acabei transformando esse blog em um diário eletrônico das minhas experiências com ogro-sexuais. Continuarei publicando teorias, mas enquanto elas não se confirmam, vou relatando minhas aventuras mais do que ogras.

Fim de semana passado as duas ogras resolveram fazer um programa light, que se transformou numa madrugada meio maluca. Fomos à um restaurante como ogras-clientes camufladas. É um programa de pesquisa da qualidade de atendimento que algumas casas de São Paulo realizam. Elas te dão um crédito a ser gasto no local (reembolsado depois com a apresentação da nota fiscal), você vai, come e bebe, analisa tudo quietinho e depois em casa preenche uma avaliação detalhada e envia juntamente com a nota fiscal. É bem interessante, e permite que façamos alguns passeios quase free.

Saindo de lá resolvemos pegar um cineminha. A sessão começava às 23:30hs. Antes de entrar, fomos tomar um café para nos mantermos acordadas, paqueramos alguns ogrinhos (pareciam duas tias!) para quebrar o clima local, que era só de casais. De um grupo de três jovens de mais ou menos uns 18 anos, já dava para caracterizar cada ogrinho... além disso, já que estávamos sozinhas, me permiti analisar os casais presentes e percebi que havia de tudo: casais no início do relacionamento, cheios de abracinhos, beijinhos, primeiros encontros, onde só rola aquele papo sobre a vida de cada um, casais acomodados e casais infelizes.

Fomos assistir Ensaio Sobre a Cegueira. Filme denso, pesado, lotado de cenas fortes. O que quebra um pouco a tensão do filme são os eventos inexplicáveis e surreais. Para dar um pouco mais de emoção, a luz do complexo acabou, parando o filme em uma das cenas mais tensas! Acabado o filme, já passado das 2:30hs, paguei o estacionamento e me dei conta de que perdi a chave do carro. A ogra aqui começou a se descabelar. Voltamos correndo ao cinema, procurei por toda parte, falei com todos os funcionários do local (era um monte de ogros se comunicando via rádio) e depois de 15 minutos resolvi aceitar que dei uma de ogra-tonha e liguei para o seguro. Iriam me mandar um táxi para me levar até em casa, pegar a chave reserva e me trazer de volta ao estacionamento. Enquanto o táxi não chegava, fizemos amizade com um ogro-bombeiro que estava no local.

Nenhum ogro-sexual passa desapercebido... O ogro-bombeiro era bonito, cheiroso, simpático e usava uniforme... um ogro-sexual de qualidade... sim, mulheres gostam de homens em uniforme. Claro que dispensamos uniforme de McDonald's, posto de gasolina, roupas de mascote e garçom. O uniforme tem que representar poder, controle. Durante quase os 30 minutos de espera, o ogro-bombeiro já estava fazendo buraco no chão, não parava de dar voltas à nossa frente e puxar assunto. Ficamos empolieradas em frente à bilheteria, já conhecidas por todos os funcionários, até as luzes do complexo todo se apagarem e então fomos expulsas para a rua. Tchau ogro-bombeiro. Ainda bem, porque a ogra-amiga estavas prestes a pedir para ele apagar nosso fogo (brincadeira.... ).

Já no táxi, ao som de Daniel, na Tupi FM (taxista ogro-brega!), o tempo não passava. Eu só queria chegar em casa. Depois de acordar a ogra-tia para pegar cópias da chave de casa (sim elas estavam junto com a do carro), tudo parecia resolvido. Na volta o gentil ogro-brega ainda fez o favor de fazer um comentário muito inoportuno: que a chave reserva dessas chaves decodificadas muitas vezes não funcionam. Quis morrer por alguns segundos, só de pensar que voltaria para casa de mãos abanando.

Mas no final tudo deu certo. A chave funcionou, a ogra-amiga foi deixada em casa sã e salva e eu cheguei em casa exausta às 4:00hs da madrugada. No dia seguinte voltei ao local para procurar mais uma vez a chave, afinal de contas eu não estava nem um pouco feliz de saber que uma chave extra do carro custaria por volta de R$500,00. Felizmente eu a encontrei rapidamente, e tudo se resolveu. Eita ogro-anjo forte que tenho....