sábado, 3 de abril de 2010

Eu achei um de 27 aninhos

Pois é, depois de tanto tempo sem postar, resolvi contar o porquê da minha "reclusão".
Eu me mato na academia, voltei a estudar, tomei a decisão de acreditar num caminho na carreira e achei um lindo homem de 27 anos.
A vida não podia ser mais perfeita! Foram meses de alegria, realização (alguns probleminhas e neuras inevitáveis) e assim 2009 acabou. Iniciei o ano com uma viagem para o Caribe (com o 27 aninhos a tira-colo) para tomar uma corzinha e descansar depois de 2 anos sem férias.
Foi maravilhoso.
Na segunda semana de janeiro eu lembrei do propósito do meu blog: somos todos neuróticos, cada um em sua graduação. Hey, o de 27 aninhos era pós graduado em neurose! Claro que tem um passado recente muito complicado, uma filha pequenina, uma ex neurótica (óbvioooo), uma famíla zumbi... mas quem não tem problemas?
Bom, foram mais alguns meses lidando com as minhas neuroses e com as dele. Chegou um ponto que não dava mais, ou eram as minhas, ou as deles. As duas juntas ia dar tilt no cérebro...
Bye bye baby... amei meus 27 aninhos, entendem?
De verdade? Um bem me fez: deixei um monte de neuroses para trás. Acho que logo logo esse blog não terã mais razão de existir... será?

terça-feira, 30 de junho de 2009

Os 30 são os melhores, até nas neuroses!

Quando a gente tem 20 e poucos anos, o futuro parece tão distante, e que demorará muito tempo para chegar. E num piscar de olhos a gente faz 30. E depois 40, 50…

Quando eu tinha 22 anos, eu tinha um universo de opções à minha frente e não tinha muita certeza de que caminho trilhar… eu procurava dançar conforme a música, nadar para onde a corrente me levava. E isso não era uma coisa ruim, tudo dava certo, às vezes até demais. E o que não dava certo eu começava de novo, ou partia para a próxima, muitas vezes com dificuldade e muito sofrimento.

Dez anos se passaram, e tenho que admitir que muita continua igual. Hoje porém, eu tenho mais certeza de alguns caminhos, tenho mais experiência para lidar com o que não dá certo e faço a fila andar bem rapidinho, e alguns caminhos já sei que não valem a pena trilhar -mas isso não significa que eu não vá trilhá-los…

Quando eu tinha 22 anos eu via as mulheres de 30 a 40 anos tentando provar sua juventude, se matar numa academia para manter ou conquistar o corpo de 10 anos atrás, procurar homens mais novos para não perder o costume das rotinas, hábitos e ritmos de pessoas mais jovens. Eu achava ridículo. Não entendia porque uma mulher experiente poderia querer retroceder no tempo, negar a idade, viver novamente uma idade que já tinha passado, deixar de viver os 30 anos com tudo que ela poderia oferecer em termos de experiência e oportunidades.

E agora eu entendo que elas não são ridículas, não estão querendo retroceder e negar a idade. Elas simplesmente querem a vida de 20 e poucos anos com a maturidade e experiência dos 30. Não é perfeito? Hoje eu entendo, está tudo muito claro! Os 30 anos são os melhores! Podemos ter a vida maravilhosa com todas as vantagens que os 30 nos permite, com uma renda decente, uma carreira em ascensão, independência absolutamente consolidada, amigos e amores de longa data, filhos ainda jovens e nada problemáticos, e o mundo todo ainda pela frente. E com a possibilidade de ter os 20 anos ainda muito próximo, um passado recente facilmente resgatável.

Eu não poderia estar numa idade melhor. Estou à busca do meu corpo de 25, talvez um homem mais novo, e tudo dentro dos ritmos dos 25. Nada impossível, não fossem as neuroses inevitavelmente de 32 anos de idade, compondo esse cenário perturbador: uma mulher de 25 anos com as neuroses de uma de 32.

Dá medo, não dá? Mas quem não é neurótico hoje em dia? Acho que só nossos avós escaparam dessa, pois foram nossos pais os precursores da geração neurose. E a gente vem no embalo…

domingo, 21 de junho de 2009

O blog

Um ano atrás decidi começar um blog sobre as pessoas ogras que nos rondam. Após 9 meses sem postar sequer uma vírgula, decidi voltar a escrever.
Mudei a cara do blog, o endereço e o propósito.

Por que totalmente neurótico? Porque é assim que eu sou. E a maioria das pessoas que conheço também. Além disso, porque o neurótico sente a necessidade de desabafar e de encontrar seus semelhantes.

Eu sofro de TOC, ansiedade, stress, mania e muitos outros. Todos de nível muito leve para moderado, mas que juntos nesta salada de neuroses desencadeiam diversas situações engraçadas e algumas que às vezes não acabam bem.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Perdidas na noite

Olá ogros(as)!

Entre idas e vindas, posts e aventuras, acabei transformando esse blog em um diário eletrônico das minhas experiências com ogro-sexuais. Continuarei publicando teorias, mas enquanto elas não se confirmam, vou relatando minhas aventuras mais do que ogras.

Fim de semana passado as duas ogras resolveram fazer um programa light, que se transformou numa madrugada meio maluca. Fomos à um restaurante como ogras-clientes camufladas. É um programa de pesquisa da qualidade de atendimento que algumas casas de São Paulo realizam. Elas te dão um crédito a ser gasto no local (reembolsado depois com a apresentação da nota fiscal), você vai, come e bebe, analisa tudo quietinho e depois em casa preenche uma avaliação detalhada e envia juntamente com a nota fiscal. É bem interessante, e permite que façamos alguns passeios quase free.

Saindo de lá resolvemos pegar um cineminha. A sessão começava às 23:30hs. Antes de entrar, fomos tomar um café para nos mantermos acordadas, paqueramos alguns ogrinhos (pareciam duas tias!) para quebrar o clima local, que era só de casais. De um grupo de três jovens de mais ou menos uns 18 anos, já dava para caracterizar cada ogrinho... além disso, já que estávamos sozinhas, me permiti analisar os casais presentes e percebi que havia de tudo: casais no início do relacionamento, cheios de abracinhos, beijinhos, primeiros encontros, onde só rola aquele papo sobre a vida de cada um, casais acomodados e casais infelizes.

Fomos assistir Ensaio Sobre a Cegueira. Filme denso, pesado, lotado de cenas fortes. O que quebra um pouco a tensão do filme são os eventos inexplicáveis e surreais. Para dar um pouco mais de emoção, a luz do complexo acabou, parando o filme em uma das cenas mais tensas! Acabado o filme, já passado das 2:30hs, paguei o estacionamento e me dei conta de que perdi a chave do carro. A ogra aqui começou a se descabelar. Voltamos correndo ao cinema, procurei por toda parte, falei com todos os funcionários do local (era um monte de ogros se comunicando via rádio) e depois de 15 minutos resolvi aceitar que dei uma de ogra-tonha e liguei para o seguro. Iriam me mandar um táxi para me levar até em casa, pegar a chave reserva e me trazer de volta ao estacionamento. Enquanto o táxi não chegava, fizemos amizade com um ogro-bombeiro que estava no local.

Nenhum ogro-sexual passa desapercebido... O ogro-bombeiro era bonito, cheiroso, simpático e usava uniforme... um ogro-sexual de qualidade... sim, mulheres gostam de homens em uniforme. Claro que dispensamos uniforme de McDonald's, posto de gasolina, roupas de mascote e garçom. O uniforme tem que representar poder, controle. Durante quase os 30 minutos de espera, o ogro-bombeiro já estava fazendo buraco no chão, não parava de dar voltas à nossa frente e puxar assunto. Ficamos empolieradas em frente à bilheteria, já conhecidas por todos os funcionários, até as luzes do complexo todo se apagarem e então fomos expulsas para a rua. Tchau ogro-bombeiro. Ainda bem, porque a ogra-amiga estavas prestes a pedir para ele apagar nosso fogo (brincadeira.... ).

Já no táxi, ao som de Daniel, na Tupi FM (taxista ogro-brega!), o tempo não passava. Eu só queria chegar em casa. Depois de acordar a ogra-tia para pegar cópias da chave de casa (sim elas estavam junto com a do carro), tudo parecia resolvido. Na volta o gentil ogro-brega ainda fez o favor de fazer um comentário muito inoportuno: que a chave reserva dessas chaves decodificadas muitas vezes não funcionam. Quis morrer por alguns segundos, só de pensar que voltaria para casa de mãos abanando.

Mas no final tudo deu certo. A chave funcionou, a ogra-amiga foi deixada em casa sã e salva e eu cheguei em casa exausta às 4:00hs da madrugada. No dia seguinte voltei ao local para procurar mais uma vez a chave, afinal de contas eu não estava nem um pouco feliz de saber que uma chave extra do carro custaria por volta de R$500,00. Felizmente eu a encontrei rapidamente, e tudo se resolveu. Eita ogro-anjo forte que tenho....

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ogras no ártico

Completamente sumida... entre trabalho, gripe, baladas e muito muito muito ogro-sexual... estou de volta.

Sábado passado as ogrinhas inseparáveis resolveram sair, se arriscar no frio e chuva incessante... estávamos a fim de sair à caça literalmente. Sem vergonha de admitir! Chegamos em um lugar, mais de uma hora de fila para entrar. Nem pensar! Já passava da meia-noite e a casa já estava no esquema de lotação máxima: só entra quando alguém sair. Então resolvemos partir para outra. Chegando lá, filinha básica de 8 pessoas. Era ali mesmo que ficaríamos.

Mal imaginávamos que demoraria uma hora para essas 8 pessoas entrarem. Mas valeu a pena. Ainda na fila, congelando sob o frio do ártico (isso me rendeu uma bela amigdalite essa semana), a banda detonando lá dentro e a gente praticamente dançando na fila pra espantar o frio e já começar a diversão! Eis então que havia um ogrinho-sexual (ogrinho porque não passava de 1,75m e eu com salto estava quase mais alta que ele - mas beeemmm gatinho) atrás de nós. Revoltado com a demora para entrar, ligou do celular lá dentro para reclamar. Só ouviu um "desculpe senhor, estamos com a casa na lotação máxima". Então minha querida amiga ogra começou a puxar papo. Tudo correu tranquilamente, e depois de 1 hora e 15 minutos entramos (Aleluia!).

Pedimos nossos queridos mojitos e fomos dançar. Olhando em volta, quem está próximo de nós? Perguntinha óbvia, o próprio ogrinho-sexual e sua turma: um ogro-cafa, um ogro-palhaço e um ogro-sortudo. Os quatro olhando e trocando figurinhas. Estava nítido. Minha amiga começou a mirar o ogrinho e eu fiquei na minha. Depois de uns 30 minutos o ogrinho passa por nós para ir ao banheiro. Na volta, pára e nos convida para ir até lá, conhecer os amigos dele. Essa é a vantagem de sair em pouco número de mulheres... não intimida a ograda.

Chegando lá, todos devidamente apresentados, o ogro-cafa colou na ogra-amiga e eis que o ogrinho colou em mim. Mão na cintura, conversa descolada, olho no olho... como eu sempre fui muito distraída, demorei para me tocar que a coisa era sumariamente comigo. Porém, tudo aconteceu muito rápido, tenho que admitir. Resumindo, a ogra-amiga atirou em um e acertou outro.

Ogro-sexuais do interior, cheios de gentileza, carinho e atenção. Ficamos bem surpresas e acabei por descobrir que estamos vivendo em uma cidade cheia de pessoas frias e distantes. É um mal de cidade grande, onde a época do calor humano ficou algumas gerações para trás e hoje não sobra nem uma gentileza no trânsito, no elevador, ao telefone. Portanto, as próximas 4 horas resolvi aproveitar umas das coisas que o interior pode nos prover: gentileza e calor humano. Foi bacana, ganhamos a noite.

Ao final da madrugada, o ogro-sortudo foi jogado para dentro de um táxi com uma ogrinha (sortudo!), o ogrinho foi ainda mais gentil, o ogro-palhaço continuava fazendo somente palhaçadas e não conseguiu pegar ninguém, e o ogro-cafa.... bem, o ogro-cafa foi desmascarado 12 horas mais tarde.

Pessoas, orkut não mente... cuidado, é possível achar qualquer um por lá.

bejios da ogra!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Princesas, ogras e a falta de noção

Enfrentar uma balada com bom humor até o final é um grande desafio. Principalmente para as mulheres. Confesso que da última vez eu perdi a paciência e decidi ir embora quando o local ainda estava "bombando" e a banda tocando.

Então sexta passada as duas amigas ogras se vestiram de princesa e saíram para dançar, ver nossa banda preferida e esquecer da existência de cafa-ogros por um tempo. Doce ilusão... Chegamos lá por volta das 11:15, com uma fila na entrada considerável, mas nada assustadora. Ao entrar, o espanto: não dava para ver o chão, muito menos o pequeno palco de tanta gente por metro quadrado. Mas não era qualquer tipo de gente. Nunca vi uma concentração maior de cafa-ogros antes na minha vida. Numa noite normal, daria até para beijar algum...

Para onde ir? Onde podemos ficar em paz? Demos a volta no local para procurar um ponto mais ou menos tranquilo (afinal de contas não estávamos no show do U2, com todo mundo se espremendo, e queríamos dançar). Rodamos tudo e achamos um cantinho bom do lado esquerdo do palco, onde podíamos colocar nossas bolsas tranquilamente. Nos metemos no meio de uma festa aniversário, cheio de ogras disfarçadas de princesas. Quero dizer, algumas estavam mais para bruxas. Ao colocar minha bolsa no sofá, veio a aniversariante, toda princesa, "deixa eu arrumar um cantinho para colocar a bolsa de vocês". Nossa, que simpática... estranhei, mas devolvi a simpatia. Mas quando ela percebeu que não éramos amigas de ninguém do grupo, tudo mudou. Nesse momento, a hostilidade se iniciou. A banda já estava tocando, as fãs venerando os quatro ogros do palco (aqui entra a falta de noção), a azaração comendo solta, e a demarcação de território também.

Sabe como mulher demarca território? Não se engane, ninguém sai urinando no pé das cadeiras e mesas. A técnica é supostamente eficiente, pois evita brigas e puxões de cabelo. A santa paz reina, e parece que nada está acontecendo, pois que mulher vai querer pagar um mico na frente do "ficante"?

Atente para as regras:
1) tentar ocupar a maior área possível com o corpo, e dançar ocupando bastante espaço, mesmo que para isso seja preciso empurrar a pessoa do lado de vez em quando;
2) morrer de vontade mas não ir ao banheiro;
3) segurar as amigas distraídas em pontos estratégicos, não deixando ninguém ocupar a área imaginariamente delimitada;
4) fazer rodinha;
5) e por último, o olhar de cobra, de canto de olho, como se isso assustasse alguém...

Deplorável. Algumas poderiam até mesmo ser lutadoras de judô, pois conseguem firmar o pé no chão de forma invejável. E dá-lhe ogras! Apesar de disfarçadas de princesas, nessa hora elas perdem a compostura e se transformam em ogras da pior espécie, ou seja, é um show de falta de educação.

Então estávamos as duas tentando se divertir, curtir a banda e esquecer da existência de cafa-ogros. Mas infelizmente eu não consegui ignorar toda a hostilidade à minha volta. Estava quase virando uma guerra velada. Até fui dar uma volta para ver se conseguia achar outro lugar, mas a única coisa que consegui atravessando o recinto foi um monte de "lindaaaa", "oiê", e apertos na bunda. Então voltei para o antigo lugar e decidi tentar suportar.

Mas eu não suporto essa disputa sem sentido. Minha amiga começou a ficar irritada também, então decidimos ir embora, precisamente à 1:20 da madrugada. Até conseguir atravessar o local, depois de outros "linda", "oiê", e apertões na bunda, já passava de 1:30hs. Oras, tá certo que a concorrência feminina anda acirrada demais, que as mulheres estão quase disputando homem no tapa, mas também não precisa exagerar. Eu me recuso a entrar nessa guerra estúpida. Que elas fiquem com todos, e que possam contar vantagem no número infinito de homens que ficaram.

Ok, o texto parece estar cheio de amargura, mas a verdade é que preferimos ir para lugares mais calmos, sem muitos ogros disfarçados de príncipes (e cafas) inconvenientes e que se possa deslocar de um lado para o outro com facilidade. Até mesmo conhecer alguém que consiga manter uma conversa por mais de 5 minutos.

Quem sabe até um ogro-sexual interessante....

beijos da princesa!
(continuo na fase princesa)


segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Quase

Olha como a internet é traiçoeira. Não bastasse as pulhas virtuais de seringas contaminadas, refrigerantes que causam câncer, uma brasileira catarinense "sofreu" com o acesso e desinformação do cyberespaço doido que se chama internet.

Conhece esse texto abaixo? Se chama Quase, e foi atribuído a Luiz Fernando Veríssimo. Mas na verdade ele é de Sarah Westphal. Uma jovem, estudante de medicina (na verdade hoje não tenho conhecimento do paradeiro da moça), que escreveu o texto após uma desilusão amorosa bastante comum.

O texto é bonito e vale a pena ser lido.
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Quase

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase! É o quase que me incomoda, que me entristece que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi! Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escapam pelos dedos nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca saíram do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me às vezes o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos ¨bom dia¨ quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai, talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo o mar não teria ondas, os dias seriam nublados, o nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance para as coisas que não podem ser mudadas, resta-nos somente paciência. Porém, preferir a derrota prévia à duvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para os erros há perdão, para os fracassos chance, para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo o fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você, gaste mais horas realizando que sonhando…fazendo que planejando… vivendo que esperando. Porque embora quem quase morreu ainda vive, quem quase vive já morreu.

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Imaginem, até o próprio Veríssimo comentou sobre o assunto. Veja aqui.

Beijos da princesa (hoje estou de princesinha para emagrecer!)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Cafa-ogro II

Ah, está bem, eu não resisti, tenho que falar sobre homens cafa.... hehehe.

Sim, porque essa semana infelizmente minha amiga descobriu um da pior maneira possível... acredito que nem preciso explicar muito. Até que foi relativamente rápido, o cafa não suportou segurar a onda por muito tempo, e tirou o time de campo.

Ele é o perfeito ogro-sexual disfarçado. Desviou a atenção de todo mundo: minha amiga, eu, e a terceira amiga do trio-parada-dura. As três Fionas ficaram de queixo caído por duas vezes: no momento que o "príncipe" apareceu, numa noite qualquer, e depois durante essa semana, quando a máscara caiu. Cafajeste, se disfarçou de príncipe perfeitamente, manteve a linha e pose durante um bom tempo. Desviou minha atenção! Se bem que eu estava bem ocupada olhando para outro ogro, hehehe.

Ok, não vou fazer críticas duras aos cafajestes, pois cada um vive do jeito que quer. Tenho certeza que a maneira que cada um escolhe como viver tem as consequências correspondentes, e sei que ser cafa também tem pontos negativos. O problema é de cada uma dessas pessoas que não conseguem ser transparentes, que precisam inventar outro "ser" para tentar ser feliz.

Minha amiga ficou triste, decepcionada. Bom, eu tenho certeza de que em menos de uma semana tudo já virou um passado muito distante, mas hoje a notícia ainda está quente, ou melhor, pegando fogo! E a única coisa que posso dizer é que ela aproveitou muito também (pois haja limite de gostosura naquele cafa!) e que ela deu o crédito para ele. Problema dele se decidiu jogar os créditos na privada e dar descarga, mas também, cada um com suas escolhas.

Depois da maneira como ele agiu, tenho certeza que nem o lanchinho ele vai conseguir manter. Perdeu a oportunidade!

Querida amiga ogra, não se esqueça de se livrar do velho e/ou inútil para que o novo possa entrar.

beijos ogros!


domingo, 24 de agosto de 2008

Contatos imediatos, longos e prazerosos de primeiro grau

As olimpíadas acabaram, e assim mais uma época de ogros-sexuais se vai.

O período de olimpíadas são as três semanas que os ogros-sexuais tomam o completo poder do controle remoto, pensam mais em esporte do que sexo e que a taxa de palavrões por minuto dobra.

É uma temporada boa, onde muitos deles se revelam. Além disso, é a época em que não se fala sobre o clima ou qualquer bobagem dessas no elevador, em salas de espera, em conversa fiada de bar. Todos só falam de medalhas, de recordes e de pataquadas brasileiras.

Infelizmente acabou hoje. Amanhã, segunda-feira, todos voltam ao normal, as vergonhosas notícias de corrupção voltam a ocupar a primeira página dos jornais, além do que as conversas fiadas e chatas voltam a ocupar os elevadores e salas de espera. Eu prefiro ficar olhando para o visor mostrando quantos andares ainda faltam para eu poder sair dali, ou me enterrar numa revista publicada um ano atrás. Não gosto de falar sobre eleições nem política. Não me interessa em quem você vai votar, isso é problema seu. Também não me interessa saber se amanhã vai chover. Isso é problema meu.

Pois bem, aqui estou, em plena tarde de domingo, escrevendo para descarregar. Estou em um momento de espera, de expectativa. Até alguns momentos atrás, eu ligava a televisão para assistir às olimpíadas e distrair, esquecer que estou esperando, esperando, esperando... porém agora não tenho mais essa distração. Os próximos dias serão longos, eu tenho certeza, mas cada minuto de espera me diz que valerá a pena.

Finalmente, para os curiosos de plantão, estabeleci contatos de primeiro grau. Essa semana um grande obstáculo foi rompido, e com ele, o sucesso de um trabalho de semanas. Estou feliz, satisfeita! E agora, na espera...



terça-feira, 12 de agosto de 2008

Razão descontrolada

Às vezes eu me meto em algumas situações que poderiam ser evitadas, somente em prol da minha sanidade mental. Mas acho que prefiro ser maluca.

Estou presa numa situação sem saída aparente, ou pelo menos que me atraia a tomar o rumo da porta e sair, me livrar disso. Para variar, envolve um ogro-sexual ABSOLUTAMENTE misterioso, e que exerce uma força de atração em mim que me leva a um caminho aparentemente sem volta.

Eu não posso entrar em detalhes de quem, quando e onde (eu tenho certeza de que ele vai ler esse texto, porque ele também está curioso sobre mim), mas enfim... isso não importa muito para o leitor, a não ser os fofoqueiros de plantão! O que interessa mesmo aqui é COMO a história vem se desenrolando no último mês.

Eu adoro viver grandes emoções. Quando um ano termina, eu ainda tenho a mania de pensar "ano que vem será mais calmo, pois não há como ser mais emocionante do que já foi". Só rindo de mim... Esse ano conseguiu superar todas as expectativas, tanto em número de ogro-sexuais em potencial, como em alegrias extremas e notícias ruins. Fazer o quê, algumas coisas realmente não passam nem próximo do nosso controle.

Falando em emoções, o ogro-sexual misterioso superou todas minhas expectativas. Eu sou absolutamente objetiva, realista e muitas vezes chego à beira da insensibilidade total. A típica mulher casca-dura... mas o sujeito me tirou do centro, sem fazer quase nada. O que começou com um olhar inocente, se tornou um quase descontrole. Eu estou gradativamente perdendo o domínio sobre minhas vontades. Cada dia que passa, fico mais intrigada, às vezes revoltada (não suporto perder o controle de uma situação), e com a cabeça lotada de probabilidades e possibilidades.

Parei por um momento e respirei. Qual é meu objetivo, o que quero com ele? .... algumas horas depois eu percebi que estava pensando em outras coisas - desconcentrei - pois não tenho a resposta. A minha sensatez por vezes vem à tona e me diz para me afastar. Não é tão difícil, é só não procurá-lo mais. Não é difícil evitá-lo. Mas por enquanto isso está fora de cogitação.

Não suficiente, ele não está nem próximo ao que procuro num homem. O ogro-sexual misterioso tem semblante de menino crescido, possui atitudes jocosas e tem olhar invasivo. É discreto e reservado. Qualidades de mistério.... Enquanto estamos no mesmo ambiente, é a eterna expectativa do próximo olhar cruzado. Ou melhor, a oportunidade de ficar olhando sem ser percebido. Que coisa mais juvenil... Mas eu sei que a vontade real é compartida: fazer uma segunda aproximação.

No momento eu tenho um objetivo em mente: quebrar o mistério. Me tornei inconsequente e estou perdendo o controle, mas continuo enveredada neste caminho, sem um final muito provável.

Bom, pelo menos uma coisa: escrever me deixou mais leve e menos maluca.